terça-feira, 30 de agosto de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Chuvas causam destruição em Natuba
Por: Silvana Torquato
As chuvas que caíram em Natuba, no Agreste paraibano, deixaram a cidade com acesso comprometido, ontem, já que algumas estradas para os municípios vizinhos ficaram interrompidas, e apenas a que liga a localidade a Campina Grande estava em condições de tráfego, apesar de limitado. Segundo informações da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), nos últimos três dias, choveu 89,7 milímetros em Natuba e a situação ficou caótica.
Por causa das chuvas, o prefeito de Natuba, José Lins Filho, vai decretar estado de emergência e já comunicou à Defesa Civil Estadual para que seja feita avaliação de danos. “A partir daí vamos tomar todas as providências. O maior prejuízo para toda a população é o econômico, já que as águas das chuvas entraram nas casas e muitos móveis e eletrodomésticos ficaram danificados”, afirmou. Segundo José Lins, toda a documentação que estava na Secretaria de Educação do município também ficou molhada e não teve como ser recuperada.
Segundo informações de moradores das ruas Epitácio Pessoa, João Pessoa e Sesc Centenário, localidades mais atingidas pelas chuvas, começou a chover intensamente a partir das 7h30 até as 13h. Tempo suficiente para transformar as ruas em verdadeiros riachos e alagar muitas casas que ficam próximas a um rio que corta a cidade e deságua no rio Paraíba. Como o rio transbordou, a água destruiu três barreiras de terra, uma casa e derrubou o muro de uma churrascaria e de várias casas. Após as fortes chuvas, o tempo melhorou e a população teve como sair de casa para tentar tirar a água acumulada nos cômodos e salvar os móveis e eletrodomésticos.
Uma corrente de solidariedade foi formada para limpar as residências e tirar a lama acumulada, principalmente, na rua Epitácio Pessoa, que era muita. Ao longo das vias públicas o prejuízo e a destruição era perceptível. Na hora da chuva, os moradores afirmaram que até uma geladeira foi levada pelas águas. E quando o clima melhorou um pouco, no chão sujo de lama era possível encontrar caixas de sapatos, colchões e mantimentos, material levado de dentro dos estabelecimentos comercias que se localizam nos pontos críticos.
A aposentada Dora Pimentel, 74 anos, que mora na rua Epitácio Pessoa, no centro de Natuba, disse que a água subiu 50 metros na casa dela. “Parecia mais um açude dentro da minha própria casa. E olha que moro aqui há 50 anos e nunca tinha visto um negócio desse. Agora é rezar para não acontecer de novo”, ressaltou. Nas três ruas mais atingidas ficam localizadas a igreja da cidade, os Correios, a delegacia e o único Posto de Atendimento Avançado (PAA) do Bradesco, e todos eles foram atingidos pelas chuvas acumulando muita lama. O gerente do posto bancário, Gledson da Silva, disse que o PAA vai ter que ficar desativado por um bom tempo, já que a água destruiu a porta principal do estabelecimento e o único caixa eletrônico do local.
O prejuízo total causado pelas chuvas ainda não foi contabilizado pela Prefeitura e pelos moradores, já que durante toda a tarde de ontem eles se dedicaram à limpeza e recuperação dos bens. Mesmo com uma trégua das chuvas, a população ainda teme o pior, já que há uma barragem localizada próximo à cidade com ameaça de estourar. No entanto, o prefeito descartou essa possibilidade.
Praticamente ilhada, a população de 10.566 habitantes passou a ter a impressão de estar isolada, já que um percurso de 18 quilômetros de carro de Natuba para Umbuzeiro, que deveria ser feito em uma média de 20 minutos, está demorando uma hora e quarenta minutos. Isso porque a estrada é de terra, só há espaço para passagem de um veículo, o mato avança na estrada e vários riachos transbordaram dificultando ainda o acesso.
BREJO
Na cidade de Lagoa Seca, na região do Brejo, um barranco desmoronou na tarde de ontem deixando em situação de risco os moradores de 20 casas na comunidade Monte Alegre, às margens da BR-104. Como a previsão é de mais chuvas para as próximas 24 horas, o risco de desabamento de mais barreiras continua.
CHOVE EM 64 MUNICÍPIOS
No período compreendido entre as 7h da última segunda-feira e as 7h de ontem, a Aesa contabilizou precipitações em 64 municípios. A cidade que teve maior registro foi Passagem, no Sertão.
Segundo a meteorologista Marle Bandeira, as chuvas registradas nas últimas horas em boa parte da Paraíba se devem à aglomeração de nuvens que se forma próxima à costa leste do Nordeste. “Como as águas superficiais do Atlântico estão 1ºC ou 2ºC (graus Celsius) acima da média, as nuvens se desenvolvem provocando as chuvas”, explicou. Entre os municípios com maior precipitação pluviométrica no acumulado do mês estão São João do Cariri, Borborema, Mataraca, Serra Branca e Borborema.
As chuvas que caíram em Natuba, no Agreste paraibano, deixaram a cidade com acesso comprometido, ontem, já que algumas estradas para os municípios vizinhos ficaram interrompidas, e apenas a que liga a localidade a Campina Grande estava em condições de tráfego, apesar de limitado. Segundo informações da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), nos últimos três dias, choveu 89,7 milímetros em Natuba e a situação ficou caótica.
Por causa das chuvas, o prefeito de Natuba, José Lins Filho, vai decretar estado de emergência e já comunicou à Defesa Civil Estadual para que seja feita avaliação de danos. “A partir daí vamos tomar todas as providências. O maior prejuízo para toda a população é o econômico, já que as águas das chuvas entraram nas casas e muitos móveis e eletrodomésticos ficaram danificados”, afirmou. Segundo José Lins, toda a documentação que estava na Secretaria de Educação do município também ficou molhada e não teve como ser recuperada.
Segundo informações de moradores das ruas Epitácio Pessoa, João Pessoa e Sesc Centenário, localidades mais atingidas pelas chuvas, começou a chover intensamente a partir das 7h30 até as 13h. Tempo suficiente para transformar as ruas em verdadeiros riachos e alagar muitas casas que ficam próximas a um rio que corta a cidade e deságua no rio Paraíba. Como o rio transbordou, a água destruiu três barreiras de terra, uma casa e derrubou o muro de uma churrascaria e de várias casas. Após as fortes chuvas, o tempo melhorou e a população teve como sair de casa para tentar tirar a água acumulada nos cômodos e salvar os móveis e eletrodomésticos.
Uma corrente de solidariedade foi formada para limpar as residências e tirar a lama acumulada, principalmente, na rua Epitácio Pessoa, que era muita. Ao longo das vias públicas o prejuízo e a destruição era perceptível. Na hora da chuva, os moradores afirmaram que até uma geladeira foi levada pelas águas. E quando o clima melhorou um pouco, no chão sujo de lama era possível encontrar caixas de sapatos, colchões e mantimentos, material levado de dentro dos estabelecimentos comercias que se localizam nos pontos críticos.
A aposentada Dora Pimentel, 74 anos, que mora na rua Epitácio Pessoa, no centro de Natuba, disse que a água subiu 50 metros na casa dela. “Parecia mais um açude dentro da minha própria casa. E olha que moro aqui há 50 anos e nunca tinha visto um negócio desse. Agora é rezar para não acontecer de novo”, ressaltou. Nas três ruas mais atingidas ficam localizadas a igreja da cidade, os Correios, a delegacia e o único Posto de Atendimento Avançado (PAA) do Bradesco, e todos eles foram atingidos pelas chuvas acumulando muita lama. O gerente do posto bancário, Gledson da Silva, disse que o PAA vai ter que ficar desativado por um bom tempo, já que a água destruiu a porta principal do estabelecimento e o único caixa eletrônico do local.
O prejuízo total causado pelas chuvas ainda não foi contabilizado pela Prefeitura e pelos moradores, já que durante toda a tarde de ontem eles se dedicaram à limpeza e recuperação dos bens. Mesmo com uma trégua das chuvas, a população ainda teme o pior, já que há uma barragem localizada próximo à cidade com ameaça de estourar. No entanto, o prefeito descartou essa possibilidade.
Praticamente ilhada, a população de 10.566 habitantes passou a ter a impressão de estar isolada, já que um percurso de 18 quilômetros de carro de Natuba para Umbuzeiro, que deveria ser feito em uma média de 20 minutos, está demorando uma hora e quarenta minutos. Isso porque a estrada é de terra, só há espaço para passagem de um veículo, o mato avança na estrada e vários riachos transbordaram dificultando ainda o acesso.
BREJO
Na cidade de Lagoa Seca, na região do Brejo, um barranco desmoronou na tarde de ontem deixando em situação de risco os moradores de 20 casas na comunidade Monte Alegre, às margens da BR-104. Como a previsão é de mais chuvas para as próximas 24 horas, o risco de desabamento de mais barreiras continua.
CHOVE EM 64 MUNICÍPIOS
No período compreendido entre as 7h da última segunda-feira e as 7h de ontem, a Aesa contabilizou precipitações em 64 municípios. A cidade que teve maior registro foi Passagem, no Sertão.
Segundo a meteorologista Marle Bandeira, as chuvas registradas nas últimas horas em boa parte da Paraíba se devem à aglomeração de nuvens que se forma próxima à costa leste do Nordeste. “Como as águas superficiais do Atlântico estão 1ºC ou 2ºC (graus Celsius) acima da média, as nuvens se desenvolvem provocando as chuvas”, explicou. Entre os municípios com maior precipitação pluviométrica no acumulado do mês estão São João do Cariri, Borborema, Mataraca, Serra Branca e Borborema.
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